“Realmente, não se verifica indicação de fonte pública dos dados utilizados, em afronta ao art. 2º, IV, da Resolução TSE nº 23.600/19, o que guarda aptidão para macular a confiabilidade da pesquisa, já que dados estatísticos devem ter matrizes oficiais, cuja fidedignidade é presumida”, destacou a magistrada em sua decisão.
Segundo o jornal, além da ausência de fonte pública de dados, os advogados da União Brasil detectaram mais duas fragilidades na pesquisa da Opnus. A primeira foi a discrepância entre a quantidade de entrevistados e a população das mesorregiões da Bahia. O que, em tese, pode distorcer a amostra. Por fim, os representantes jurídicos do partido destacaram também a falta de registro do estatístico responsável pela sondagem no conselho regional da categoria. Antes, o levantamento de dados da Opnus estava a cargo de uma ex-assessora parlamentar do deputado petista Zé Neto, Lorena Maurícia Neris Silva.
Instituto que também sofreu problemas na Justiça por utilizar formato de enquete digital para divulgar pesquisa sobre a corrida pelo governo baiano, a Atlasintel registrou mais uma sondagem, com data de publicação prevista para o próxima sexta (5). Dessa vez, os questionários da Atlasintel trazem artifícios que podem servir para induzir respostas dos eleitores. Nos cenários para governador, os nomes dos candidatos são associados aos respectivos partidos, prática fora do padrão usual. De modo contrário, os presidenciáveis não foram ligados às suas siglas.