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terça-feira 15 de junho de 2021 às 17:49h

“Nós precisamos chegar a quem induziu o presidente a erro”, diz Coronel sobre cloroquina

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Em entrevista nesta terça (15), à Rádio Jovem Pan o senador Angelo Coronel (PSD) disse que a CPI da Pandemia, no Senado, precisa investigar qual é o interesse da divulgação da cloroquina para tratamento precoce do Covid-19.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o medicamento não tem qualquer eficácia contra a doença que apenas no Brasil já matou quase meio milhão de pessoas.

“Precisamos saber se há algum interesse comercial em se divulgar o uso da cloroquina”, disse o senador baiano, citando o Presidente da República como exemplo de equívoco na defesa do tratamento precoce.

“O Presidente da República não é médico, ele é um ex-militar, ele não tem nenhum conhecimento científico. Nós precisamos chegar a quem induziu o presidente a erro, a quem induziu o presidente a dizer que a cloroquina cura precocemente. É o famoso follow the Money (seguir o dinheiro). Nós precisamos seguir o dinheiro para saber a quem interessou fazer a cabeça do Presidente da República para o uso da cloroquina. Esse talvez seja um dos pontos mais importantes da CPI”, defendeu Angelo Coronel na entrevista.

Para o parlamentar, membro suplente da CPI, a quebra do sigilo bancário das pessoas envolvidas na defesa da cloroquina é importante para ver se alguém foi beneficiado financeiramente com a divulgação, “até para que sejam isentos de culpa”, defende Coronel.

O senador cobrou uniformidade do Supremo Tribunal Federal nas decisões sobre quebra de sigilo bancário.

“Porque não dá para um ministro dar uma decisão de uma maneira, o outro dá de outra maneira, parecendo que no Brasil nós temos duas, ou três constituições. Nós temos que unificar o pensamento, para quando um ministro sentenciar, o rito seja seguido pelos outros, se não fica muito ruim para a corte”, justificou o senador.

Crise em Manaus

Angelo Coronel voltou a defender que haja acareações entre depoentes, desta vez para se chegar aos culpados pela falta de oxigênio em Manaus, no início do ano.

Para o senador baiano deveriam ficar cara a cara o governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima (PSC), o ex-secretário de saúde do estado, Marcellus Campêlo, que prestou depoimento nesta 3ª à CPI, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Para Coronel o que está havendo em relação ao problema no Amazonas é “um jogo de empurra, com cada um querendo salvar a sua pele”.

“Se os três erraram, os três têm que ser penalizados, pois nós estamos tratando de vidas”, advertiu o senador.

Ele enxergou contradições no depoimento de Marcellus Campêlo, com declarações mostrando que as mortes por falta de oxigênio aconteceram por negligência.

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