O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira ao ser homenageado em Dallas, nos Estados Unidos, que o “Brasil de hoje” quer o povo e os empresários norte-americanos por perto e se disse convicto que a relação do Brasil com os EUA resultará em comércio e em novos acordos entre os dois países.
Bolsonaro recebeu o prêmio de Personalidade do Ano, concedido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em Dallas, depois de desistir de ir a Nova York receber a homenagem por causa de críticas a ele feitas pelo prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio.
“O Brasil de hoje é amigo dos Estados Unidos, o Brasil de hoje respeita os Estados Unidos e o Brasil de hoje quer o povo americano e os empresários americanos ao nosso lado”, disse o presidente ao receber o prêmio.
Em seu discurso, Bolsonaro também criticou a imprensa e fez referência às manifestações que levaram dezenas de milhares de pessoas às ruas de cidades de todo o país na quarta-feira contra o bloqueio de verbas do Ministério da Educação.
“Ontem vimos em algumas capitais de Estados marchas pela educação, como se a educação até o final do ano passado fosse uma maravilha no Brasil. Temos um potencial humano fantástico, mas a esquerda brasileira entrou, infiltrou e tomou não só a imprensa brasileira, mas também em grande parte as universidades e as escolas”, acusou.
Bolsonaro mencionou a situação vivida na Venezuela, mas preferiu dar mais destaque à Argentina, que terá eleições presidenciais em outubro, afirmando que o país vizinho está “indo para um caminho bastante complicado”, numa referência à possibilidade de a ex-presidente argentina Cristina Kirchner vencer a eleição no país.
O presidente afirmou que viajará em breve à Argentina e disse que buscará “colaborar com o país”, assegurando no entanto que não irá se intrometer em assuntos locais.