“Nós apoiaremos o candidato do grupo liderado pelo governador Rui Costa”, diz presidente do Podemos na Bahia

Presidente do Podemos na Bahia, o deputado federal Bacelar acredita que agora o partido está devidamente contemplado na base do com a nomeação do irmão dele, Maurício Bacelar, na Secretaria de Turismo da Bahia (Setur).

Em entrevista ao jornal Tribuna, o deputado federal garante que está na base do governador e que vai seguir as estratégias do grupo político.

Confira os principais trechos:

Na semana passada, o Podemos foi contemplado com a Secretaria de Turismo após uma indicação do senhor. Agora, a pasta é ocupada pelo seu irmão, Maurício Bacelar. O partido está satisfeito com esse espaço ou vai pleitear mais uma pasta?

Bacelar – Primeiro, o Podemos é muito grato ao governador e irá corresponder à confiança que o governador nos confiou fazendo da Setur o grande centro de abrigo, debate e proteção do turismo baiano. Nós vamos ouvir o trade, os prefeitos e a academia para enfrentar em um curto prazo a desestruturação que o setor está sofrendo e programar o turismo da Bahia para daqui a 10 anos, pós pandemia. Nós sempre participamos do Governo Rui Costa desde o primeiro momento, seja no Detran, seja na Adab, e agora temos mais esse desafio. Nós estamos satisfeitos. Achamos que agora, do ponto de vista de tamanho político, o partido está contemplado. Nós sentíamos que não estávamos no espaço do tamanho que a nossa contribuição merecia. Agora estamos com uma participação à altura do nosso compromisso com o governo em todo esse período. A gente também colaborou para o sucesso do governo Rui Costa, mesmo não tendo o espaço adequado, porque o governador, pela sua ação, tem conquistado o posto de melhor governador do Brasil. Com uma aprovação popular altíssima e sendo o grande líder da Bahia no combate à pandemia. Só o trabalho que o governador tem feito, liderando pessoalmente o combate à pandemia, já teria o governo aprovado.

Isso significa, então, que o Podemos vai continuar na base de Rui Costa até o final de 2022? Vai aderir a chapa de Jaques Wagner ou vai lançar candidato próprio?

Bacelar – Nós apoiaremos o candidato do grupo liderado pelo governador Rui Costa, independente de espaço. É o grupo mais forte da Bahia, é o grupo que trouxe desenvolvimento, melhorias nas relações políticas, tranquilidade, um governo popular e democrático que atende todos os requisitos que o Podemos da Bahia coloca para classificar um grupo político de excelência. A nossa simpatia é em torno do nome do senador Jaques Wagner, mas o nosso grupo é tão forte e tão diverso que também tem outros nomes. A candidatura ao Governo da Bahia se insere num projeto mais amplo de derrota da barbárie, de derrota do bolsonarismo. Então, eu expresso a minha simpatia pelo nome do senador Jaques Wagner, mas essa é uma decisão que deverá ser tomada apenas em abril ou maio do próximo ano. O governador está começando o seu terceiro ano de governo. Portanto, todas essas conversas, que são naturais na política, são precoces.

O senhor falou em derrotar o bolsonarismo. Jaques Wagner deverá enfrentar ACM Neto. O senhor acha que ele é bolsonarista?

Bacelar – Olha, ninguém pode negar a aproximação do DEM com o governo Bolsonaro, não é? Teve e tem ministros lá. Importantes deputados ocupam cargos de vice-líderes do governo na Câmara, Senado e Congresso Nacional. São muito próximos. Mas, pelas últimas notícias, o representante maior do bolsonarismo na Bahia é o ministro João Roma.

O senhor acha que Roma vai assumir algum protagonismo e bagunçar o jogo na eleição de 2022? Inclusive, ele apareceu bem posicionado na última pesquisa do Instituto Paraná. Como viu isso?

Bacelar – É natural, né? Pessoalmente, ele é um político capaz, articulado, trabalhador e, pelo cargo que ocupa, sendo o único ministro baiano no governo, ele é a maior figura do bolsonarismo.

O senhor pensa em lançar candidatura própria para majoritária ou vai tentar a reeleição para deputado?

Bacelar – Não, não, não… Nós vamos apoiar os candidatos definidos pelo conselho político do grupo de Rui Costa e fazer duas chapas bem competitivas para deputado federal e para deputado estadual, tendo uma meta de eleição de dois federais e de quatro estaduais.