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terça-feira 1 de junho de 2021 às 06:16h

Nomes do interior são cotados para chapas que disputarão o governo do estado em 2022

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Conforme reportagem do jornal Tribuna, nomes de prefeitos e ex-prefeito têm sido cotados para as chapas de Jaques Wagner (PT) e de ACM Neto (DEM) ao governo da Bahia. No entanto, as lideranças políticas do interior ainda têm pouco peso eleitoral, com exceção do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM). Quatro vezes administrador da Princesinha do Sertão, que é o segundo maior colégio eleitoral do estado, o feirense foi candidato ao Palácio de Ondina na eleição de 2018, e saiu com um capital político de 1.502.266 votos.

A campanha de José Ronaldo, no entanto conforme o jornal, foi sofrível. ACM Neto, que o apoiou, teve que fazer, em determinados momentos, campanha sozinho em Salvador a fim de conquistar adesão para o aliado. Para tentar melhorar o desempenho, Zé Ronaldo, como é mais conhecido, tentou colar a imagem ao então candidato presidencial Jair Bolsonaro (sem partido), e, no último debate eleitoral, declarou o voto ao capitão reformado. Encerrou o pleito com 22,26% dos votos, um dos piores desempenhos do Democratas na Bahia, que chegou a ter quase 70% dos votos na década de 1990 no estado.

Além da performance aquém do esperado em 2018, José Ronaldo tem outro fator que pesa contra ele. O democrata feirense completa 70 anos em julho e, segundo aliados, Neto quer montar uma chapa jovem para o governo. Outros três nomes do interior cotados para a composição do democrata soteropolitano são: Rodrigo Hagge, Marcus Vinicius, ambos do MDB, e João Gualberto (PSDB). Os emedebistas foram reeleitos prefeitos no ano passado com grandes votações. Hagge, que é gestor de Itapetinga, com 70,31% dos sufrágios válidos, já Vinícius, que é administrador de Vera Cruz, com 86,29%. Ambos são jovens, entretanto, pesa contra eles o fato de gerirem prefeituras pequenas, com pouco peso eleitoral. Itapetinga tem pouco mais de 75 mil habitantes, já Vera Cruz  tem 43 mil.

Mais conhecido no estado que os emedebistas, João Gualberto é prefeito de Mata São João, que tem 47 mil pessoas. O tucano tem mais visibilidade estadual por ser considerado um empresário bem-sucedido e ter tido um mandato de deputado federal. É considerado nome forte para a chapa, mas teria que abandonar o mandato de prefeito pela metade.

Do campo de Jaques Wagner, surgiu, na semana passada, o nome do prefeito de Itaberaba, Ricardo Mascarenhas (PP), para integrar a chapa petista. O nome é defendido pelo deputado federal Valmir Assunção (PT). “É um político jovem, foi reeleito com ampla maioria no pleito de 2020 e é de uma região muito importante no desenvolvimento da Bahia, que é a Chapada Diamantina”, disse Valmir. “Claro que eu tenho todo respeito ao PP, a quem cabe definir sua própria estratégia, mas ficaria muito feliz se fosse essa a decisão do partido”, acrescentou.

O prefeito progressista foi reconduzido com 47,05% dos votos válidos. Mascarenhas, que administra uma cidade com 64 mil cidadãos, tem apenas 35 anos. Sem poder escolher para a composição um nome da família Leão, que controla o PP na Bahia, há quem aposte que Wagner irá preferir um nome jovem para a vice. Já que, além dele, que é septuagenário, a majoritária deve ter o senador Otto Alencar (PSD), que deve tentar a recondução ao posto.

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