A secretária da saúde do Estado, Roberta Santana, recepcionou uma comitiva com 18 representantes do Banco Mundial (Bird) em visita ao Hospital do Subúrbio, em Salvador, nesta quinta-feira (5). Durante o encontro, que também contou com a presença do secretário da fazenda, Manoel Vitório, a delegação estrangeira pôde entender o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e conhecer de perto a unidade, cujo projeto de estruturação foi financiado pelo Bird, através do International Finance Corporation (IFC).
“Hoje passamos a manhã aqui, falamos sobre a estrutura, sobre a modelagem e, principalmente, sobre os resultados assistenciais e sociais que trouxeram a implantação deste hospital aqui para a região do Subúrbio. Eles vão levar essa experiência para outros países e também para outros estados do Brasil, para que a gente possa replicar essa grande experiência que foi a primeira Parceria Público-Privada (PPP) de saúde do Brasil, que nos orgulha muito e que hoje traz um resultado positivo, não só para Salvador, mas para toda a Bahia, porque é um hospital de alta complexidade, recebe pacientes de toda Bahia”, declarou a secretária.
Na ocasião da visita, a diretora de gestão de unidades consorciadas e PPP da Secretaria de Saúde (Sesab), Priscilla Bellazzi, fez uma exposição sobre o modelo de gestão da unidade, que foi inaugurado em 2010, é administrada pela Concessionária Prodal Saúde S.A e atende a aproximadamente 1 milhão de moradores do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário e entorno.
Durante a explanação, a diretora da Sesab apresentou as características contratuais da concessão, apontando medidas que contribuem para otimizar a gestão e promover atendimentos de qualidade. O contrato em questão prevê definição de metas com indicadores de desempenho, além de relatórios trimestrais, controle e avaliação realizados por um verificador independente, e ainda remuneração vinculada ao cumprimento das metas.
Para além dos números, Bellazzi apresentou o contexto da instalação do hospital, localizado em uma zona de fragilidade social e de difícil acesso, destacando o impacto para as pessoas. Segundo Bellazzi, a presença da unidade impulsionou não apenas o desenvolvimento da rede de atenção à saúde, mas também contribuiu para dinamizar a região, que ganhou urbanização e passou a ter acesso a serviços antes precarizados, a exemplo de transporte e iluminação pública. Outro efeito positivo foi o econômico, com a geração de mais de 9 mil empregos, desde o início da operação do hospital.
A diretora apresentou também um histórico do hospital, cujo perfil assistencial original era de urgência, emergência e trauma, mas que durante a pandemia funcionou como referência para Covid-19 e, após a emergência sanitária, passou a ter um novo perfil assistencial com 373 leitos distribuídos entre clínica geral, neuroclínica e cirúrgica, cirurgia geral, clínica pediatria, cirurgia pediátrica, além leitos de assistência domiciliar e de UTI adulto e pediátrica. A estrutura contempla ainda sete salas de centro cirúrgico, 13 leitos de centro de recuperação pós-anestésico, Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) e Serviços de Apoio.
A apresentação conduzida pela Sesab, assim como a visita às instalações do Hospital do Subúrbio, deixou uma impressão positiva para a comitiva estrangeira. “Desde que entramos e começamos a caminhar pelo hospital, ficou claro o quão óbvios são os motivos pelos quais ele funciona tão bem. A gente está aqui para aprender e para nos inspirar com a paixão por esse projeto. E são esses exemplos que queremos levar aos outros países, para que eles aprendam com os senhores”, avaliou o diretor executivo do Banco Mundial na França, Arnaud Buisse.