Quando sentaram com Jair Bolsonaro na biblioteca do Palácio da Alvorada na tarde de 20 de março, pouco depois das 16h, o deputado Luis Miranda e o irmão dele, o servidor da Saúde Luis Ricardo, ouviram segundo a revista Veja mais revelações do presidente do que se sabe até agora.
Bolsonaro apontou o dedo para Ricardo Barros? Sim. Foi direto. Ao olhar a fotografia do líder do governo na Câmara, diz: “Mais uma desse cara? Sabe me dizer se o Barros tá mesmo envolvido com isso?”
Miranda responde que não sabe se Barros está mesmo envolvido, mas afirma que as desconfianças e evidências de corrupção no caso Covaxin são “todas técnicas”.
Bolsonaro então reclama de Barros, mas dispara também conforme a revista Veja contra outros dois caciques metidos em rolos no governo e até agora desconhecidos no caso.
Ao citar os nomes desses dois figurões, o presidente se diz refém do centrão: “Esses filhos da p… querem me f… É sacanagem pra todo lado. Não aguento mais esses caras, esse centrão”.
Com soco na mesa, Bolsonaro segue o desabafo, como se, apesar de ser presidente, não controlasse o centrão: “Vocês tão vendo o que eu passo aqui? Uma m… dessa estoura, a culpa é minha. Tudo é culpa minha…”
Quem são os dois personagens citados por Bolsonaro e desconhecidos até agora? Com a palavra os participantes da reunião do Alvorada.