quarta-feira 25 de dezembro de 2024
Foto: Antonio Scarpinetti
Home / DESTAQUE / Nísia Trindade, a primeira mulher após 70 anos e 50 homens no Ministério da Saúde
sexta-feira 23 de dezembro de 2022 às 13:46h

Nísia Trindade, a primeira mulher após 70 anos e 50 homens no Ministério da Saúde

DESTAQUE, NOTÍCIAS, SAÚDE


Lana Pinheiro, da revista IstoÉ, não restam dúvidas de que a foto da primeira leva dos ministros anunciada pelo governo Lula que assume em 1º de janeiro é muito mais diversa. Há mulheres, mulheres negras, homens negros e de faixa estárias diferentes, ainda que a maioria dos anunciados ainda seja de homens brancos. Mas o nome de Nísia Trindade, para o Ministério da Saúde, merece destaque.

Foto; NDRE BORGES/EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK

Dois fatos explicam o porquê. O primeiro é o fato que Nísia é a primeira mulher a assumir a pasta desde sua criação no governo de Getúlio Vargas em 1953. Após 50 ministros homens. Foram precisos 70 anos para que um presidente da República enxergasse na competência técnica de uma mulher os requisitos necessários para assumir a mais alta função institucional apta a fazer profundas mudanças nas políticas de saúde pública do País.

O segundo: o tamanho do orçamento. Dos cinco ministérios com maior verba (base 2022), somente o da Saúde ficará com uma mulher. Segundo o Portal da Transparência, neste ano a pasta ficou em segundo lugar no ranking com R$ 28,5 milhões, ou 27,77% do total. Só perde para o Ministério da Cidadania, que com participação de 58,94% da verba, era desejado e pleiteado pela senadora e ex-candidata à presidência da República, Simone Tebet (MDB), mas acabou sob domínio do PT. O comandante será o ex-governador do Piauí, Wellington Dias, e a pasta passa a se chamar Ministério do Desenvolvimento Social.

Há também outro fator significativo, mais subjetivo. Após os anos da crise sanitária provocada pela Covid-19, falta de avanços em políticas públicas na área da saúde da mulher e sucateamento do SUS a visão de uma profissional gabaritada pode trazer uma visão mais humanizada para o tratamento da vida no Brasil. Estamos cansados de mortes, de falta de respeito com nossos enfermos e com os profissionais de linha de frente que enfrentaram a pandemia sem que um reconhecimento digno fosse feito pelas mais altas lideranças políticas do País.

A nomeação de Nísia é um sopro de esperança de que mudanças necessárias e urgentes sejam realizadas. A expectativa é que com seu olhar de mulher e sobretudo de uma profissional reconhecida nacional e internacionalmente por sua experiência técnica e teórica consiga realizá-las.

Veja também

Os idosos viciados em redes sociais: ‘Desligamos o wi-fi da minha mãe’

Solidão pode levar a depressão e vício em idosos Na casa da família de Ester, …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!