O candidato Ciro Gomes (PDT) chamou o movimento petista que garantiu a neutralidade do PSB nas eleições nacionais de “providência golpista”. “Ninguém pode falar em golpe e praticar o golpe”, disse.
O pedetista diz não saber o que fez para merecer um tratamento “tão desleal e tão traiçoeiro” por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. “Esse comportamento está na base moral da corrupção”, completou.
Ciro afirmou que o PT é “um dos grandes responsáveis pela tragédia brasileira”. Ele disse que nunca quis o apoio do PT – e que sempre afirmou que o Partido dos Trabalhadores “tem a natureza do escorpião”. “Eu quero falar é com eleitorado do PT, que é o melhor, mas deve estar frustrado”.
A declaração foi dada antes do pedetista participar de seminário sobre os desafios da justiça fiscal, realizado em São Paulo, nessa quinta-feira. O candidato chamou o acordo do PT com o PSB de “um grosseiro equívoco” e afirmou que todo o campo progressista saiu perdendo porque, segundo ele, a manobra petista teve como o único objetivo “tirar segundos de TV de sua campanha”. “Aí você sacrifica uma jovem promissora liderança de Pernambuco (a vereadora Marília Arraes) e sacrifica um candidato de Minas Gerais (Márcio Lacerda) com uma aliança imensa”.
Por Fábio Leite e Gilberto Amendola