O fracasso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em compor uma nova coalizão de governo levou o Parlamento nacional (Knesset) a votar pela sua dissolução e pela convocação de novas eleições legislativas nesta quarta-feira (29). O pleito se dará em setembro deste ano e, até lá, Netanyahu continuará seu mandato.
O Knesset aprovou por 74 votos a 45 a dissolução de sua atual composição poucos minutos depois de esgotado o prazo para que Netanyahu conseguisse um acordo com outras bancadas. O governante não conseguiu atrair o apoio do ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman, líder do partido radical de direita Israel Nosso Lar. Antes aliado de Netanyahu, Lieberman tornou-se seu rival.
O partido de Lieberman diverge das legendas religiosas que se alinharam a Netanyahu, como a Judaísmo Unido da Torah, sobre a questão do serviço militar obrigatório. O Israel Nosso Lar quer expandir a obrigação aos ultra-ortodoxos, mas os religiosos defendem a isenção.
A decisão do Parlamento favorece Netanyahu. Com sua dissolução, o presidente de Israel, Reuven Rivlin, não poderá atribuir a tarefa de formação de um novo governo a outro parlamentar, sem a necessidade de uma votação popular. O nome favorito era do general Benjamin Gantz, do Partido Azul e Branco, que conseguira empatar com o Likud, de Netanyahu, nas eleições de abril passado.