O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste último sábado (16) que “apenas a pressão militar” garantiu a libertação dos reféns durante a trégua temporária no final de novembro.
“Sem isso, não temos nada”, afirmou Netanyahu durante coletiva de imprensa.
Ele disse ainda que não permitirá que o regime do Hamas se transforme em um regime do Fatah com a Autoridade Palestina voltando a governar a Faixa de Gaza.
Netanyahu citou uma pesquisa que aponta que 82% dos palestinos na Cisjordânia justificam o massacre de 7 de outubro. Relembrou ainda que a Autoridade Palestina não condenou o ataque.
“Eles deveriam controlar Gaza?”, questionou, acrescentando que não deixará isso ocorrer. Disse ainda que, depois da destruição do grupo terrorista Hamas, “Gaza será desmilitarizada” e não representará nenhuma ameaça para Israel.
Durante a coletiva de imprensa, o primeiro-ministro também se manifestou sobre a morte acidental de três reféns pelas Força de Defesa de Israel na sexta-feira e afirmou que o incidente “partiu o meu coração, partiu o coração da nação”.
Ele acrescentou que, apesar da tragédia, a operação terrestre das FDI continuará até que o Hamas seja destruído.
“Estamos lutando pela nossa existência e temos de continuar até a vitória.”
Netanyahu disse lamentar as “mortes trágicas” dos três reféns: “Eles chegaram a tocar na salvação e então o desastre aconteceu”.
Neste sábado, como mostramos, as FDI divulgaram novos detalhes sobre as mortes acidentais dos três reféns israelenses.
De acordo com investigação inicial da FDI, o incidente ocorreu depois que um soldado identificou três pessoas suspeitas saindo de um prédio a dezenas de metros de distância de onde ele estava, na cidade de Gaza. Os três estavam sem camisa. Um deles carregava uma bandeira branca improvisada.
Os três corpos foram recolhidos e levados para Israel para serem identificados.
Eles se chamavam Yotam Haim, Samer Talalka e Alon Shamriz.
Os dois primeiros haviam sido sequestrados pelos terroristas do Hamas no kibbutz (comunidade rural) de Nir Am, enquanto o terceiro no kibbutz de Kfar Aza.
Todos foram sequestrados nos atentados de 7 de outubro, a partir dos quais 239 inocentes foram feitos reféns pelos terroristas do Hamas em Gaza.