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terça-feira 11 de fevereiro de 2025 às 14:53h

Netanyahu diz que cessar-fogo terminará no sábado caso Hamas não entregue reféns

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (11) que o cessar-fogo em Gaza terminaria se o Hamas não devolvesse os reféns mantidos no enclave até o meio-dia do próximo sábado (14). A ameaça veio depois do grupo terrorista palestino anunciar que adiaria a libertação dos cativos devido a supostas violações israelenses dos termos da trégua.

“Os militares retornarão aos combates intensos até que o Hamas seja finalmente derrotado”, afirmou o premiê em uma declaração em vídeo.

Mais cedo nesta terça, uma autoridade de alta patente do Hamas, Sami Abu Zuhri, alertou Israel de que a melhor garantia para a libertação dos reféns restantes é manter o cessar-fogo vivo.

“Trump deve lembrar que há um acordo que deve ser respeitado por ambas as partes, e esta é a única maneira de trazer os reféns de volta. A linguagem de ameaças não tem valor e só complica as coisas”, disse ele à agência de notícias Reuters.

Acusações do Hamas

O Hamas anunciou na segunda-feira que decidiu adiar a próxima liberação de reféns, prevista para sábado, culpando Israel por quebrar a trégua que entrou em vigor em 19 de janeiro. Segundo o grupo palestino, as violações incluíam “atrasar o retorno dos (palestinos) deslocados para o norte da Faixa de Gaza e alvejá-los com bombardeios e tiros”.

Na segunda-feira, o escritório de imprensa do governo de Gaza, comandado pelo Hamas, disse que Israel se recusou a permitir a entrada de suprimentos especificados no cessar-fogo. Sob o acordo, 600 caminhões de ajuda — 50  deles transportando combustível — devem ser autorizados a entrar em Gaza todos os dias. Esse número foi atingido ou excedido nos três primeiros dias do cessar-fogo.

Horas depois, Donald Trump, que reivindicou o crédito por garantir o acordo entre Israel e Hamas, deu um ultimato. Caso todos os reféns israelenses em Gaza não fossem devolvidos até sábado ao meio-dia, ele ameaçou cancelar o cessar-fogo e deixar “o inferno se soltar”. No total, 17 israelenses ainda deveriam ser libertados na primeira fase da trégua, dividida em três estágios. Segundo Tel Aviv, oito deles estão mortos.

“A resposta deve ser exatamente como o presidente Trump sugeriu. Parar completamente a ajuda humanitária, cortar a eletricidade, a água e as comunicações e usar força brutal e desproporcional até que os reféns retornem”, afirmou o ministro das comunicações de Israel, Shlomo Karhi, no X (antigo Twitter). “É hora de abrir os portões do inferno para o Hamas — e desta vez, sem nenhuma restrição aos nossos heroicos combatentes”, acrescentou.

O cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor em 19 de janeiro, inaugurando a primeira pausa no conflito em mais de 15 meses, sob a previsão de três etapas. Apesar da intensa mediação de países parceiros, a complexidade e a fragilidade do acordo são altas, o que significa que qualquer pequeno incidente pode crescer e ameaçar acabar com o pacto.

As negociações para o início da segunda das três fases do cessar-fogo deveriam começar nesta segunda-feira.

Cerca de 1.200 israelenses morreram e 251 foram sequestrados quando o Hamas atacou o território israelense em 7 de outubro de 2023. Em resposta, Israel começou uma ofensiva em larga escala em Gaza, que matou mais de 47.000 palestinos e deslocou milhões de pessoas.

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