O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes elogiou o ex-presidente Michel Temer (MDB), afirmando que nenhum outro presidente na história do País se compara ao ex-chefe do Executivo em relação ao seu poder de diálogo com os outros Poderes. Moraes classificou Temer como um “grande interlocutor”, na solenidade de entrega do título de Cidadão Honorário de Brasília ao emedebista, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, na noite desta quarta-feira, 3. As informações são do jornal, Estadão Conteúdo.
“Foi um grande presidente, presidente sério, presidente trabalhador, um presidente que transita, transitava como presidente e continua transitando pelos Três Poderes”, disse o ministro do Supremo. “Se nós formos olhar na história dos presidentes da República, nós não temos nenhum presidente que se equipara com o presidente Michel Temer na qualidade de diálogo com todos os Poderes.”
Moraes foi ministro da Justiça do governo interino de Temer, em 2016. No ano seguinte, foi nomeado pelo então presidente a uma cadeira no STF, na vaga aberta com a morte do ministro Teori Zavascki.
Ao lado de Temer, também foram homenageados o secretário da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha, e o conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Engels Muniz. Na cerimônia, estavam presentes o ministro do STF Dias Toffoli, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), entre outras autoridades.
Moraes ainda relembrou a trajetória profissional de Temer, a quem se refere como “um amigo leal” e “uma pessoa extremamente paciente”.
“Todas as injustiças dolosas que foram feitas contra o governo do presidente Michel Temer não apagaram o sucesso do seu governo. As reformas aprovadas, que até hoje fazem diferença, as privatizações aprovadas, a modernização na administração, a seriedade no trato da coisa pública”, afirmou o ministro, referindo-se ao período que Temer assumiu a Presidência, entre 2016 e 2018, com o impeachment de Dilma Rousseff.
Temer chegou a ser preso preventivamente em 2019 no bojo da Operação Lava Jato, em uma investigação que apurou crimes de formação de cartel, prévio ajustamento de licitações e pagamento de propinas. O ex-presidente foi solto após quatro dias na prisão, e teve acusações contra ele arquivadas pela Justiça.