A decisão de saída de Wilson Ferreira Junior do comando da Eletrobras, anunciada neste último domingo (24), não deixou ninguém triste no entorno de Jair Bolsonaro.
A revista Veja diz que o chefe da estatal não era visto com bons olhos no governo desde meados de 2020, quando a Eletrobras integrou um grupo de 38 empresas que assinaram uma carta pedindo providências ao governo contra o desmatamento na Amazônia.
No documento, CEOs de grandes empresas citavam riscos aos negócios e ao país, caso o governo não atuasse para conter o avanço da destruição da Amazônia.
“Essa percepção negativa tem um enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacional, mas de forma efetiva para o desenvolvimento de negócios e projetos fundamentais para o país”, afirma a carta.
Ferreira Junior assumiu a empresa em junho de 2016 e atuava para destravar a agenda de privatização da companhia, desde sempre rejeitada pelo Congresso, o que teria influenciado na decisão “pessoal” dele de deixar a estatal.