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sexta-feira 29 de março de 2024 às 19:30h

Negociações na OMS para acordo sobre pandemias serão retomadas em abril

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Os 194 países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) fracassaram, na quinta-feira (28), em chegar a um acordo sobre a gestão de pandemias futuras e vão retomar os diálogos em abril, em um último impulso após dois anos de negociações.

Os estados-membros da agência de saúde da ONU tentam elaborar há dois anos um acordo internacional para prevenir e responder de forma adequada a futuras pandemias.

O objetivo é evitar os erros custosos e mortais da pandemia de covid-19, que afetou duramente as economias, fragilizou os sistemas de saúde e matou milhões de pessoas.

Embora os países geralmente estejam de acordo no que deve ser feito quando a próxima pandemia surgir, eles continuam divergindo sobre até onde estão dispostos a ir para transformar propostas em compromissos vinculantes.

A nona e supostamente última rodada de conversações, que começou em 18 de março, terminou nesta quinta-feira sem nenhum avanço.

“Não estão longe de chegar a um acordo”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS na sede da organização em Genebra.

“O tratado é um instrumento que salva vidas, não um simples pedaço de papel”, acrescentou. “Tem o poder de transformar nossa resposta coletiva sobre futuras pandemias, proteger vidas e salvaguardar o bem-estar das comunidades”, prosseguiu.

Tedros instou os países a alcançarem um acordo até o fim de maio. As novas negociações ocorrerão entre 29 de abril e 10 de maio.

Os principais temas em discussão incluem o acesso a patógenos emergentes, melhor prevenção e monitoramento de surtos de doenças, financiamento e transferência de tecnologia aos países pobres.

Os países europeus querem que se invista mais dinheiro na prevenção de pandemias, enquanto os africanos pedem mais conhecimentos e financiamento, além de um acesso adequado a vacinas e tratamentos.

Os Estados Unidos querem assegurar que todos os países compartilhem rapidamente informação e amostras de surtos novos, enquanto os países em desenvolvimento pressionam por garantias de equidade para não ficar para trás.

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