Os primeiros planetas extra-solares foram descobertos e confirmados em 1992. Estas evidências abriram as portas segundo a para aquilo que foi anunciado nesta última terça-feira (22) pela NASA, a existência de 5005 mundos fora do nosso Sistema Solar. Estes exoplanetas estão agora documentados pela agência americana cada um com as suas especificidades, mas com algo em comum com a Terra: todos eles giram em torno de uma estrela.
Foi em janeiro de 1992 que foram descobertos e confirmados os dois primeiros exoplanetas ou, por outras palavras, planetas extra-solares. Falamos de dois mundos rochosos a mais de 2300 anos-luz da Terra que orbitam a sua própria estrela.
Cada um destes exoplanetas apareceu em estudos revistos pelos pares e foi observado através de várias técnicas de detecção ou métodos de análise. Ainda assim, há muito para descobrir sobre cada um deles e por isso continuam sendo colocados ao serviço dos cientistas máquinas para ajudar neste processo, como é o caso do recém-lançado telescópio espacial James Webb e do futuro Nancy Grace Roman.
Isto “não é apenas um número”, segundo a astrônoma Jessie Christiansen, do Instituto de Ciências de Exoplanetas da NASA em Caltech. Cada um deles é um mundo novo, um planeta totalmente novo. Fico animada com cada um porque não sabemos nada sobre eles.
Os dois primeiros mundos confirmados, descobertos pelos astrônomos Alexander Wolszczan e Dale Frail, eram exoplanetas com 4,3 e 3,9 vezes a massa da Terra, girando em torno de uma estrela morta conhecida pelo seu pulsar de milissegundo. Um terceiro exoplaneta muito menor, com 0,02 vezes a massa da Terra, foi descoberto em 1994. Os exoplanetas foram nomeados Poltergeist, Phobetor e Draugr, respetivamente.
O Telescópio Espacial Kepler, lançado em 2009, contribuiu com mais de 3.000 exoplanetas confirmados para a lista, com outros 3.000 candidatos à espera de análise e pesquisa.