Nesta última terça (25) foi o quinto dia do melhor Carnaval da Região Metropolitana de Salvador (RMS). A festa de Momo em Madre de Deus é realizado pela Prefeitura, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), e conta com a participação de diversos órgãos municipais.
E ontem as famílias ocuparam as ruas e calçadas do circuito da festa de Momo. Neste ano o “Carnaval Confete e Serpentina” tem como tema “Tradições e Memórias-62 anos”. E este conceito está em perfeita sintonia com o orgulho dos madredeusenses em seres “nascidos e criados” na cidade-ilha. O sentimento de “pertencimento” à comunidade é muito forte e aflora com a valorização das tradições, através das manifestações carnavalescas.
Acompanhar o Carnaval da cidade é diversão garantida no presente e uma viagem aos antigos carnavais, quando os pierrôs, colombinas e fantasiados ocupavam as ruas do Brasil. Este resgate, que já é realizado em Madre de Deus, tem sido uma tendência nos últimos anos em grandes capitais, como Rio, São Paulo e Belo Horizonte.
E um dos fantasiados ontem nas ruas de Madre de Deus era Jamilton Raimundo Cardoso Braga, o Bigo, 52 anos. Pois “apelidar” diversos moradores ou adicionar aos seus nomes um parentesco, como “filho de”, é uma outra tradição da cidade. E esses detalhes fazem da aprazível Madre de Deus uma cidade única.
Pois Bigo, que já foi vereador, estava com uma fantasia de “pirata-operário”, segundo ele. “Tenho muito orgulho da cultura e do povo de Madre de Deus”, exaltou. Operador de máquinas, ele foi ao circuito de “galera”, acompanhado da esposa, cunhada, sobrinha, filhos e netos. Pois além do orgulho que pairava no ar ontem em Madre de Deus, a outra frase de ordem era “Carnaval da Família”. Num clima de paz, descontração e alegria.
Fantasiado de “La Casa de Papel”
E João Guilherme Gonzaga da Silva, 12 anos, intitula sua fantasia, em espanhol mesmo, de “La Casa de Papel”. Morador de Candeias, ele já foi outras vezes ao Carnaval de Madre de Deus. E avalia que os blocos são a maior atração da festa momesca da cidade-ilha, devido “às músicas, danças e fantasias”.
E se o João Guilherme quer mais trações na avenida, que venham os blocos da Terça-feira de Carnaval. E ai acaba? Negativo. Segue o fluxo da melhor festa de Momo da Região Metropolitana de Salvador até a Quarta-Feira de Cinzas.