A médica Natália Schincariol, ex-mulher de Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do presidente Lula da Silva (PL), fez uma publicação no Instagram afirmando que vem sofrendo machismo nas redes sociais. Ela acusa o ex-companheiro de violência “verbal, psicológica e moral”. Luís Cláudio nega as acusações.
No post, ela afirma que, embora seja “empresária, dona do próprio instituto de saúde mental”, com apresentações em congressos e artigos publicados, “nada disso tem valor quando você é uma mulher. Te invalidam, te humilham, te silenciam”, afirma.
“Ex-bbb, paga de intelectual, vulgar, cabelos longos, boca grande, seios grandes…”, destaca ela no texto, fazendo referência aos comentários em suas publicações.
“Não vou me calar diante do machismo. O machismo é violento. O machismo mata”, disse ainda.
Natália afirma que o presidente da República não “tem nada a ver” com as acusações contra o filho dele. A médica diz ter sido vítima de violência “verbal, psicológica e moral” por parte do ex-companheiro, que nega as afirmações.
Segundo ela, os dois viviam em união estável há dois anos. Luis Claudio teria ameaçado a ex-mulher após intimidação. “Meu pai vai me proteger e vai sair perdendo, eu vou acabar com sua alma”, teria dito o filho de Lula à ex. “Vou falar para todos que você é uma insana, ninguém irá acreditar em você.”
Em nota, a defesa de Luis Claudio nega as acusações e diz que “as mentiras são enquadráveis nos tipos dos delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por reparação por danos morais”.
Natália foi afastada do trabalho por 14 dias com “sintomas depressivos” associados a “conflitos conjugais”, de acordo com laudo psiquiátrico, revelou o Estadão.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que Luís Cláudio mantenha distância da ex-mulher. As medidas protetivas foram concedidas após pedido da médica Natália Schincariol.
O casal manteve um relacionamento por dois anos e meio — eles moraram juntos em boa parte deste período. Natália relatou à polícia que já chegou a ser agredida fisicamente com uma cotovelada na barriga durante uma briga, no final de janeiro. Ela disse que é vítima de violência “verbal, psicológica e moral” que “têm se intensificado ao longo do tempo”.