Em até 10 dias o governo deve conhecer o plano das companhias aéreas para reduzir o preço das passagens de avião, que tiveram alta de 23,7% de setembro para outubro, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com dados de agosto da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o preço médio da passagem é de R$ 649,17, mas na prática o valor cobrado pode ser muito maior.
Segundo o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a expectativa é de que o plano que as companhias aéreas vão apresentar seja benéfico para o bolso da população, porque não há possibilidade de subsídio público para aliviar as tarifas.
“O que tem incomodado o Governo é que às vezes você compra a passagem por dois meses antes por R$ 800 e faltando dez, cinco dias para o voo essa passagem foi para R$ 3.000. Isso não se justifica. Esses aumentos injustificáveis nós não vamos aceitar”, relatou o ministro dos Portos e Aeroportos, em entrevista exclusiva à Globonews.
O aumento das passagens passa pelo querosene de aviação, que representa cerca de 40% dos custos do setor. O governo destaca que conseguiu reduzir o preço desse insumo em 18,7%, o que deve refletir nas tarifas cobradas.
O ministro afirmou que há a perspectiva do Brasil ultrapassar os 100 milhões de passageiros ao longo do ano de 2023. Em 2022, o país registrou um total de 89 milhões.
“A nossa expectativa é que a aviação brasileira possa crescer esse ano mais de 10% e até o final do governo do presidente Lula nós queremos mais de 30 a 35 milhões de passageiros a mais voando pelo Brasil”, diz Costa Filho.