O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou à coluna Estadão, que “não tem nada a esconder” sobre a possível audiência com Tacla Duran e Tony Garcia na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle (CTFC) da Casa, que deve ocorrer até a próxima semana. Moro questionou o fato de a Operação Lava Jato não ter, em tese, correlação com o escopo do colegiado.
“Vamos ver se esse requerimento vai ser apreciado. A gente nunca tem nada a esconder. Mas é um tema fora das atribuições da comissão”, disse o parlamentar ao Estadão.
Apesar da clara provocação de seus adversários, Moro afirmou que não considera que a iniciativa visa atingi-lo. Ele acrescentou que é preciso “aguardar os desdobramentos”.
Como mostrou a Coluna, aliados do Palácio do Planalto preparam uma sessão de constrangimento a Moro antes da sabatina do advogado Cristiano Zanin na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o líder do PSD, Otto Alencar (BA), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentaram um requerimento à Comissão de Transparência para ouvir Tacla Duran e Tony Garcia. Ambos denunciaram supostos excessos da Operação Lava Jato, que foi comandada por Moro. Membro titular do colegiado, o senador paranaense não respondeu se vai participar da sessão.
Sobre o fato de Zanin ter desviado do seu gabinete, mais cedo, Moro afirmou que está aberto para discutir e que é preciso perguntar ao indicado se ele pretende se reunir com todos os senadores.
Depois, indagado sobre a sabatina de Zanin, Moro evitou antecipar quais temas pretende abordar, e disse que os “questionamentos pertinentes” serão feitos.