Um movimento de desobediência civil está ganhando força no Reino Unido. Milhares de consumidores assinaram segundo a Reuters uma promessa de não pagarem suas contas de energia a partir de outubro se nada for implementado para combater o forte aumento dos preços.
Por princípio, por falta de recursos, para denunciar o sentimento de injustiça ou à espera de uma solução: por todos esses motivos, a participação na campanha “Don’t pay!” (Não pague, em tradução livre) está a todo vapor. Quase 110 mil pessoas planejam cancelar seus débitos automáticos para protestarem contra a alta dos preços da energia.
We must tax profits now, freeze energy price rises – and if necessary bring suppliers into the public sector | Gordon Brown https://t.co/ZVNDNOqeTN
— The Guardian (@guardian) August 10, 2022
Por um lado, as instituições estão preocupadas com a possibilidade de dívidas pesadas, já que a precaridade energética pode afetar 12 milhões de pessoas, o dobro do número atual. Por outro lado, o Ofgem, o regulador de energia, alerta para o risco de corte de gás e eletricidade.
Estima-se que as contas cheguem a cerca de £ 3,5 mil (cerca de R$ 21,5 mil) por ano para uma família média no outono europeu. Este seria um aumento de 300% em relação a outubro do ano passado. Em janeiro, as contas podem chegar a uma média anual de £ 5 mil. Esta é a maior inflação no Reino Unido em mais de 40 anos.
O ex-primeiro-ministro Gordon Brown publicou um artigo de opinião no jornal The Guardian pedindo que as empresas de energia que não possam baixar seus preços temporariamente voltem a ser concessionárias de serviços públicos.