Segundo Mariana Carneiro, do Estadão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assim como Lula, anda inconformado com Roberto Campos Neto. Em conversas com agentes do mercado e pessoas próximas, Haddad se queixou de críticas que vem recebendo do BC na gestão fiscal. Desde a carta em que justificou não ter cumprido a meta de inflação em 2022, Campos Neto tem usado a palavra “incerteza” para descrever o novo arcabouço fiscal.
Na semana passada, a mensagem do Copom falou em conjuntura “particularmente incerta no âmbito fiscal” para comunicar que os juros permaneceriam em 13,75% ao ano.
Ainda assim, Haddad não deve responder. Agentes do mercado creem que só uma reunião do CMN, que reúne, além dos dois, Simone Tebet, será capaz de cessar o tiroteio, com a fixação de meta de inflação mais alta (e mais crível) do que a atual, de 3,25% neste ano e 3% em 2024.