O CEO da Braskem, Roberto Bischoff, negou ao Poder360 que tenha tratado da venda da empresa em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na tarde desta segunda-feira (24). Segundo o executivo, no encontro foi debatida a competitividade da indústria petroquímica.
A venda do controle da Braskem pela Novonor (antiga Odebrecht) tem despertado o interesse tanto de grandes companhias nacionais e estrangeiras como do governo. Até agora, 3 grupos já apresentaram propostas formais para comprar ações da gigante petroquímica: Unipar, J&F e Apollo/Adnoc. E mais uma empresa pode fazer o mesmo: a Petrobras.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem estimulado a transação que salvaria a Novonor e permitiria a volta da Petrobras para o setor petroquímico, um desejo do governo e do PT, como mostrou o Poder360 em junho. No mercado, há um consenso de que a palavra final sobre a venda será dada por Lula. Leia mais sobre o assunto nesta reportagem.
“Conversamos com o ministro sobre a competitividade da indústria petroquímica, foi só isso. Estamos em um momento de baixa do ciclo da indústria e nós discutindo esse assunto. A Abiquim [Associação Brasileira da Indústria Química] está discutindo e a Braskem, como um todo, tem um pilar básico com a cadeia”, afirmou.
Roberto Bischoff disse que a indústria tem “sentido uma competitividade muito forte de produtores de base gás” natural.
“Nós somos uma indústria base nafta [produto derivado do petróleo]. Então é isso o que está acontecendo e viemos discutir aqui”, declarou.