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A namorada de Rodrigo Marinho Crespo, advogado assassinado a tiros no Centro do Rio no dia 26 de fevereiro, relatou à polícia que ele enfrentava problemas financeiros e havia começado a advogar para indivíduos associados a cassinos online. Ela afirmou que Crespo estava entusiasmado com a perspectiva de ganhar muito dinheiro nessa nova empreitada e que, em dezembro de 2023, ele expressou sua animação em relação ao trabalho com cassinos.
Durante o depoimento, a namorada também revelou que Crespo perdeu clientes importantes recentemente e precisou vender seu carro, uma Mercedes Benz, devido aos problemas financeiros. No sábado, dia 24, ele teria se encontrado com um homem chamado “Marcelo” para tratar de negócios, possivelmente relacionados aos cassinos.
Por outro lado, o sócio de Crespo negou as informações sobre o envolvimento do advogado com cassinos e afirmou que ele era uma pessoa dedicada aos estudos, tendo escrito um artigo sobre o assunto. Ele também admitiu que estava afastado de Crespo devido a diferenças de perspectiva de vida.
Em seu depoimento, a irmã de Crespo mencionou que ele estava pesquisando sobre a regulamentação de jogos no Brasil e queria ingressar nesse mercado.
Crespo foi morto a tiros enquanto estava na Avenida Marechal Câmara, próxima às sedes da OAB, do Ministério Público e da Defensoria Pública.
Nesta segunda-feira, a polícia iniciou uma operação para prender Leandro Machado da Silva, policial militar do 15º BPM (Duque de Caxias), e Eduardo Sobreira Moraes, ambos considerados foragidos. A polícia tenta esclarecer se o assassinato de Crespo tem relação com sua atividade como advogado.
Rodrigo Marinho Crespo era sócio fundador do escritório Marinho & Lima Advogados, especializado em Direito do Entretenimento e Jogos. A polícia investiga se sua morte pode estar relacionada ao trabalho no escritório.
A Polícia Militar afirmou em nota que a Corregedoria Geral da Corporação apoia a operação da Polícia Civil em relação ao homicídio de Crespo e informou que Leandro Machado já estava afastado do serviço nas ruas por responder a outro inquérito por participação em organização criminosa, tendo sido preso preventivamente em abril de 2021.
