Nesta segunda-feira (12) as Nações Unidas marcam o Dia Internacional para a Prevenção do Extremismo Violento como e quando conducente ao Terrorismo. Com o objetivo de aumentar a conscientização e a cooperação internacional, a ONU lembra que o extremismo violento que leva ao terrorismo representa uma séria ameaça à paz e à segurança e é uma afronta à humanidade.
A data reúne os Estados-membros, representantes das Nações Unidas e partes interessadas para fortalecer a determinação da comunidade internacional de lidar com as condições propícias ao terrorismo, debater a ameaça do extremismo violento e renovar os compromissos de colaborar para impedir sua disseminação.
Extremismo violento
A ONU lembra que o extremismo violento é uma afronta aos propósitos e princípios e prejudica a paz e a segurança, os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável.
O extremismo violento é um fenômeno com diversas facetas, sem definição clara. Ele não é novo nem exclusivo de nenhuma região, nacionalidade ou sistema de crenças. No entanto, nos últimos anos, grupos terroristas como o autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, a Al-Qaeda e o Boko Haram moldaram a imagem do extremismo violento e o debate sobre como lidar com essa ameaça.
Segundo as Nações Unidas, a mensagem de intolerância religiosa, cultural e social desses grupos teve consequências drásticas para muitas regiões do mundo. Ao manter territórios e usar as mídias sociais para a comunicação em tempo real de seus crimes, eles desafiam valores compartilhados de paz, justiça e dignidade humana.
Fluxos migratórios causados por grupos terroristas
A disseminação do extremismo violento agrava crises humanitária e ultrapassa os limites de qualquer região. A ONU alerta que milhões de pessoas fugiram do território controlado por grupos terroristas e extremistas violentos.
Os fluxos migratórios aumentaram tanto para fora quanto para dentro das zonas de conflito – envolvendo aqueles que buscam segurança e aqueles que são atraídos para o confronto como combatentes terroristas estrangeiros, desestabilizando ainda mais as regiões em questão.
Para o dia, a ONU destaca que nada pode justificar o extremismo violento, mas também deve ser reconhecido que ele não surge em um vácuo. Narrativas de queixas, injustiças reais ou percebidas, promessas de capacitação e mudanças radicais tornam-se atraentes quando os direitos humanos estão sendo violados, a boa governança ignorada e as aspirações esmagadas.
Plano de Ação para Prevenir o Extremismo Violento
Em 15 de janeiro de 2016, o secretário-geral apresentou um Plano de Ação para Prevenir o Extremismo Violento à Assembleia Geral. Em 12 de fevereiro de 2016, a Assembleia Geral adotou uma resolução saudando a iniciativa.
O Plano de Ação exige uma abordagem abrangente que inclua não apenas medidas essenciais de combate ao terrorismo com base na segurança, mas também medidas preventivas sistemáticas para tratar das condições que levam os indivíduos a se radicalizarem e a se juntarem a grupos extremistas violentos.
A iniciativa é um apelo à ação conjunta da comunidade internacional que fornece mais de 70 recomendações aos Estados-membros e ao Sistema das Nações Unidas para evitar a disseminação do extremismo violento.