Um condenado pela Justiça federal e um ficha-suja estão se mobilizando na Bahia segundo o colunista Leandro Mazzini, da IstoÉ, para tentar disputar eleições deste ano confiando nas suas defesas junto ao Judiciário para tentar reverter a situação. Tem acontecido isso no Brasil todo, e os TREs estão ativos nesse monitoramento. O pré-candidato a prefeito de Paramirim, Júlio Bernardo, acaba de ser condenado pela Justiça Federal a dois anos de prisão por fraudes em licitação.
Outro caso ainda de acordo com a revista, é em Eunápolis, o maior município do Sul baiano, vizinha de Porto Seguro. A quatro meses das eleições municipais, vários políticos já podem ter as candidaturas proibidas pela Justiça. É o caso do ex-prefeito José Robério de Oliveira (PSD), com vasta ficha de irregularidades e crimes apontados pelas autoridades justamente quando ocupou o cargo de prefeito de Eunápolis.
Em 2017 a Polícia Federal fez a Operação Fraternos que apurou um esquema de desvio milionário em contratos públicos. Robério, num primeiro momento, foi afastado pela Justiça e, quatro anos depois, foi preso pelos crimes investigados na ação da PF. Além disso, o Ministério Público da Bahia acusou no início do ano o ex-prefeito por improbidade e crime de responsabilidade por contratações irregulares quando também ocupou o cargo. E pediu à Justiça, além do bloqueio de bens e valores, a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de Robério Oliveira.
Ele foi condenado pela Justiça por utilizar recursos do SUS para abastecer veículos das prefeituras de diversas secretarias, carros particulares e, o pior, até de um trio elétrico. Atualmente, Robério Oliveira está com os seus direitos políticos suspensos diante dos casos que responde. Só no TRF1 existem hoje 25 processos contra ele. Mas o ex-prefeito está tranquilo e aos quatro ventos afirma que nada existe contra ele e que nas próximas eleições voltará ao cargo de prefeito do município.
Júlio Bernardo, de Paramirim, se defendeu em nota a um site da cidade: “Prezados amigos, não existem motivos para preocupação, pois sou uma pessoa idônea. Em minhas gestões, eu colaborei para a transformação e o desenvolvimento de Paramirim. Em nenhum momento eu estive envolvido em escândalos que pudessem abalar a minha reputação, porque eu sempre estive ao lado da verdade e sempre zelei pelos recursos públicos em uma administração séria e eficaz”. A assessoria jurídica de Robério informou que ele não vai se pronunciar diante dos casos em julgamento.