Na viagem à Etiópia para a 37ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, leva na bagagem as experiências exitosas do Brasil no combate à fome e à pobreza.
A partir desta sexta-feira (16), o titular do MDS se junta à comitiva do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para uma série de reuniões com representantes da área social e da agricultura dos países que compõem a União Africana.
O objetivo é garantir que a gente tenha a construção dos termos da Aliança Global e o máximo de adesão”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
O bloco passou a ser membro efetivo do G20 desde o fim de 2023 e é um importante ator para a iniciativa brasileira de formar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Parte da proposta prevê a oferta de uma cesta de experiências exitosas de diversos países a outras nações que queiram adaptar e implementar estas políticas públicas em seus territórios.
“O que se deseja? Maior eficiência, garantir troca de conhecimento, ter um plano bem estabelecido, a condição de monitoramento e, ainda, garantir financiamento, onde os países mais ricos, além de cumprir com suas metas internas, terem o compromisso com os outros países que querem trabalhar o combate à fome e não têm dinheiro. É essa construção que queremos dialogar com os países da África”, explicou o ministro Wellington Dias.
O apoio à agricultura familiar, garantindo recursos financeiros aos produtores e alimentação saudável a quem utiliza equipamentos públicos, inclusive escolas e usuários da rede socioassistencial, formam o mecanismo do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A transferência de renda realizada pelo Bolsa Família, com as condicionalidades de saúde e educação, foco na primeira infância e critérios que consideram a composição familiar.
A participação social no poder público e a relação entre diferentes níveis de governo, além de sistemas como o de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), são exemplos que o ministro Wellington Dias irá apresentar durante a agenda na Etiópia.
“O presidente Lula diz, só há solução para o combate à fome e a redução da pobreza no mundo, se os mais ricos, além de estabelecerem seu plano, suas metas, também puderem dar as mãos a quem mais precisa”, disse.
Por conta dos diálogos e negociações com outros países, como México, Canadá, Estados Unidos, União Europeia, China, Ucrânia, além das 33 nações da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que aprovaram um plano de segurança alimentar e nutricional para a região, o ministro acredita em uma grande adesão à Aliança Global.
“O Brasil foi convidado a participar da Cúpula da União Africana, teremos também a participação da representação da Liga Árabe, e o objetivo é garantir que a gente tenha a construção dos termos da Aliança Global e o máximo de adesão”, finalizou o titular do MDS.
A ideia de formar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma iniciativa do presidente Lula, que começou a ser trabalhada quando o Brasil assumiu a chefia do G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta.