Em Ibotirama, pré-candidato ao governo destaca potencial da agricultura e diz que falta visão estratégica e plano para o futuro
O pré-candidato a governador ACM Neto (Democratas) voltou a criticar nesta quinta-feira (16) a situação da segurança pública no estado e afirmou que, em muitos municípios baianos, a delegacia só funciona porque os prefeitos sustentam. Em viagem a Ibotirama, ele ainda destacou o potencial da agricultura na região e disse faltar ao governo uma visão estratégica e um plano para o futuro.
A agenda ainda conta com visitas às cidades de Bom Jesus da Lapa e Paratinga, com a presença do deputado federal Arthur Maia (Democratas), do ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo de Carvalho, do ex-governador Paulo Souto, além de prefeitos, vice-prefeitos e lideranças da região. Em Bom Jesus da Lapa, Neto visitou nesta quinta o tradicional Santuário, que funciona em uma gruta descoberta no século 17 e atrai anualmente milhares de peregrinos de todo o país.
Ao falar sobre a segurança pública da Bahia, Neto disse que, desde 2017, a Bahia “bate recorde atrás de recorde na insegurança e na criminalidade”. “Quando a gente vai ouvir o que o governador tem para falar, o que é que ele fala? Ele diz que o problema da violência é um problema nacional, e não é verdade, porque tem muitos estados que estão reduzindo a criminalidade, o número de homicídios e de assaltos”, afirmou.
“Na verdade, o problema principal é a falta de envolvimento, de pulso, de firmeza e de decisão para enfrentar essa questão. O que nós precisamos para melhorar a segurança pública na Bahia é ter um governador que chame para si a responsabilidade, que não delegue, não transfira, não procure culpados e nem desculpas e é isso que eu pretendo fazer caso tenha a oportunidade de ser governador. Um governador que chegue no interior e olhe a realidade. Tem muitos municípios que a delegacia só funciona porque é o prefeito que sustenta”, acrescentou.
Destacando o potencial da agricultura na região, ACM Neto disse que a base econômica da Bahia parou há muito tempo. “A gente não vê investimentos, a expansão industrial, a gente não vê o apoio à agricultura seja aos empresários que trabalham na agricultura, seja, principalmente, ao pequeno produtor, o homem do campo”, pontuou.
“Aqui foi falado hoje e eu quero sublinhar o potencial da região. Temos essa dádiva da natureza que é o nosso rio, mas, no entanto, cadê a água chegando na propriedade do agricultor familiar para que ele possa viver? Aqui foi tratado a questão da energia, a questão das estradas, da infraestrutura como um todo. A conclusão é uma só: falta uma visão estratégica, falta um plano para o futuro, falta um previsão de quais serão as ações de que o estado precisa fazer para que, no futuro, essa realidade mude. É esse olhar diferenciado que eu quero trazer para cada região da Bahia”, salientou.