Além de as mulheres terem menor probabilidade de chegar a cargos de liderança, elas também pedem mais demissão do que os homens quando alcançam esses cargos, aponta pesquisa realizada pela consultoria McKinsey & Company e pela LeanIn.Org.
De acordo com o estudo, realizado nos EUA e no Canadá, cerca de 10,5% das líderes femininas deixaram seus cargos em 2021, enquanto entre os homens o percentual foi de 9%.
Trata-se do maior nível de demissões voluntárias desde que a McKinsey começou a fazer o estudo “Women in the Workplace” (Mulheres no Ambiente de Trabalho, em tradução livre) em 2017.
A pesquisa aponta que as mulheres estão priorizando mais a flexibilidade e o bem-estar, sobretudo após a pandemia, e que elas enfrentam maiores obstáculos no ambiente de trabalho.
Dentre esses obstáculos estão o fato de mulheres em cargos de liderança serem confundidas com alguém de nível inferior duas vezes mais do que homens, que 37% delas passaram pela experiência de um colega de trabalho receber crédito por suas ideias (comparado a 27% dos homens em cargos de liderança) e que 43% delas sofrem com burnout (comparado a 31% dos homens no mesmo nível), além de acabarem trabalhando mais e conquistarem menos reconhecimento pelos seus esforços de forma geral, de acordo com o estudo.
Metodologia
O estudo teve como base pesquisas realizadas em 333 empresas nos Estados Unidos e Canadá e teve como base de comparação pesquisas semelhantes realizadas anualmente pela McKinsey & Company e LeanIn.Org desde 2015, bem como pesquisas da McKinsey & Company em 2012.