Após postar um vídeo de ‘dancinha’ no Tik Tok, feito com colegas de trabalho, o processo de uma vendedora contra a joalheria em que atuava virou de cabeça para baixo, informa o jornal O Tempo.
Segundo a publicação, a mulher entrou na Justiça contra a empresa por danos morais, não reconhecimento de vínculo empregatício e tratamento humilhante. Mas, ao publicar imagens em que criticava o estabelecimento com as próprias amigas que depuseram a favor dela, teve os testemunhos anulados.
Para piorar, as três – reclamante e testemunhas – foram condenadas por litigância de má-fé, o que indica conduta desleal. A Justiça do Trabalho em São Paulo estipulou, ainda, que cada uma das mulheres deveria pagar à joalheria multa de 2% sobre o valor atribuído à causa.
A gravação, postada logo após uma audiência trabalhista, traz as três mulheres rindo e dançando, com o título “Eu e minhas amigas indo processar a empresa tóxica”.
Como a vendedora não indicou que tinha relação de amizade com as testemunhas, a Justiça considerou a publicação “desrespeitosa e inadequada” e concluiu que elas usaram de forma indevida o processo. A decisão no juízo de 1º grau foi mantida na íntegra pela 8ª Turma do TRT da 2ª Região, em São Paulo.
“Trata-se de uma atitude jocosa e desnecessária contra a empresa e, ainda, contra a própria Justiça do Trabalho. Demonstra, ainda, que estavam em sintonia sobre o que queriam obter, em clara demonstração de aliança, agindo de forma temerária no processo, estando devidamente configurada a má-fé”, escreveu a desembargadora e relatora do acórdão, Silvia Almeida Prado Andreoni.