A União Brasil registrou a candidatura da mulher do ex-juiz Sergio Moro, Rosângela Moro, que tentará disputar uma vaga de deputada federal por São Paulo.
A advogada declarou um patrimônio de R$ 1,34 milhão, sendo a maior parte, R$ 767 mil, em depósitos, aplicações bancárias e dinheiro vivo (R$ 5.309).
Rosângela disputa sua primeira eleição, assim como Moro, que tentou ser candidato à Presidência da República, ao Senado por São Paulo, mas que deve sair candidato a senador pelo Paraná (seu registro de pedido de candidatura ainda não aparece no site do Tribunal Superior Eleitoral).
Rosângela concorrerá com o número 4400. Geralmente os números redondos são reservados pelos partidos para suas principais apostas.eleitorais.
A advogada declarou um endereço da Vila Nova Conceição, na zona sul de São Paulo, para recebimento de notificações e comunicações da Justiça Eleitoral. Seu comitê de campanha informado é na Vila Socorro, também na zona sul da capital paulista.
Em junho, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo decidiu rejeitar a mudança de domicílio eleitoral de Moro do Paraná para São Paulo.
O ex-juiz da Operação Lava Jato havia decidido alterar sua documentação de eleitor em março, quando trocou também de partido, saindo do Podemos e indo para a União Brasil.
Em abril, a Folha mostrou que Moro iria apresentar à Justiça Eleitoral como provas de vínculo com São Paulo comprovantes de moradia em um hotel e em um flat da capital paulista. A defesa, à época, afirmou que o estado era seu hub em viagens.
Assim como fez no caso de Moro, o PT deve impugnar a candidatura de Rosângela, sob o argumento de que ela não reside de fato em São Paulo. Caberá à Justiça Eleitoral decidir se ela poderá ou não ser candidata.
Na declaração de seus bens, Rosângela diz ter dois apartamentos e uma sala comercial, todos em Curitiba, além de um carro no valor de R$ 155 mil. Ela declara ainda ser sócia da Advocacia Wolff Moro, com cotas no valor de R$ 5.000.
O começo formal da trajetória política do casal Moro começou pouco após as eleições de 2018, quando o ex-juiz da Lava Jato aceitou o convite para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.
Após romper com o presidente, em abril de 2020, Moro ficou um tempo no exterior trabalhando na consultoria privada Alvarez & Marsal.
De volta ao Brasil, tentou colocar de pé uma candidatura à Presidência pelo Podemos. Ele, entretanto, trocou a legenda na reta final do prazo de filiações, optando pelo União Brasil, sigla em que não conseguiu se viabilizar como candidato ao mais alto cargo do Executivo federal.