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segunda-feira 13 de novembro de 2023 às 13:00h

Mubadala estuda venda da refinaria Mataripe na Bahia

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A Acelen, companhia criada pelo fundo soberano dos Emirados Árabes Mubadala para administrar a Refinaria Mataripe, em Candeias, região metropolitana de Salvador, estuda meios de se desfazer do ativo, dois anos após tê-lo comprado da Petrobras (PETR3, PETR4) por US$1,80 bilhão, disseram à Mover duas fontes com conhecimento do assunto.

“O Mubadala está arrependido de ter comprado a refinaria”, disse uma das fontes, que pediu anonimato para falar com a reportagem. Essa mesma pessoa afirmou que o fundo soberano chegou a avaliar a devolução do ativo, mas que a única maneira de se desfazer da Mataripe– antiga refinaria Landulpho Alves (Rlam) – seria por meio de uma venda.

Segundo uma das fontes do Bahia na Política, a Petrobras é a única compradora em potencial, já que tem mais de 70% do mercado de refino no país e possui grande poder de precificação do diesel e da gasolina no mercado interno. A recompra de Mataripe pela Petrobras tem a simpatia do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).

“[A Rlam) É um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema Petrobras e nunca deveria ter sido vendido”, declarou Silveira em nota divulgada pelo MME em 3 de setembro.

Desde que a Petrobras trocou sua estratégia comercial da Política de Paridade de Importação (PPI) para o preço marginal de venda e as importações de diesel russo ganharam espaço no Brasil, a Mataripe tem enfrentado dificuldades para concorrer com a estatal brasileira.

Em maio, a refinaria passou a exportar diesel – neste ano, os embarques do produto para o exterior já somam US$92 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com o volume crescendo mês a mês. Somente em outubro, as exportações de diesel renderam US$40 milhões à Mataripe.

Também em maio, a Acelen levou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suas preocupações com a nova política de preços da Petrobras, alegando falta de informações para garantir a previsibilidade dos preços de combustíveis no Brasil.

Procuradas, a Acelen e a Petrobras não responderam imediatamente ao pedido de comentários da Mover.

Esta reportagem foi publicada primeiro no Scoop, às 16H00, exclusivamente aos assinantes do TC. Para receber conteúdos como esse em primeira mão, assine um dos planos do TC.

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