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segunda-feira 15 de abril de 2024 às 07:51h

MST anuncia nova invasão a propriedade da Embrapa

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O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) anunciou neste última domingo (14) uma nova ocupação de propriedade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Pernambuco. A demanda principal é o assentamento de 1.316 famílias, segundo a entidade. A invasão ocorre justamente em um momento em que o governo Lula da Silva (PT) tenta se aproximar de ruralistas com o objetivo de diminuir resistências no setor.

Em comunicado, o MST acusou o governo federal de não cumprir com os acordos prometidos em abril. A mesma área, na cidade de Petrolina, havia sido ocupada no primeiro semestre do ano passado. Os invasores saíram da propriedade após negociações com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

O acordo com o governo envolveu, segundo o movimento, o repasse de áreas para assentar as famílias que faziam parte da ocupação; a recriação da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Petrolina; bem como a destinação de parte da área para a produção de pequenos agricultores.

— Nós saímos (da área no ano passado) com esse compromisso, mais de 17 pontos acertados e nenhum deles foi cumprido. Agora, nós voltamos para lutar, para que o governo cumpra a pauta. É muita irresponsabilidade a forma como estão tratando a Reforma Agrária — diz Jaime Amorim, da direção nacional do Movimento Sem Terra, em vídeo divulgado.

O local invadido, segundo a Embrapa indicou anteriormente, é utilizado para “instalação de experimentos diversos” e multiplicação de material genético básico de sementes e mudas.

Procurado, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que a Embrapa já teria procurado o MST para negociar a saída. Segundo Teixeira, o órgão teria manifestado a concordância em “produzir sementes não transgênicas aos agricultores”

— A Embrapa já os procurou e indicou o cumprimento do acordo — disse o ministro ao GLOBO.

Procurada, a Embrapa ainda não se manifestou sobre a presença do MST no local.

Também em Petrolina, segundo os sem-terra, uma outra área foi ocupada. Trata-se de propriedade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com 1.500 hectares.

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