O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) pediu o compartilhamento de provas da investigação da Polícia Federal sobre supostas irregularidades na conduta de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a investigação, esses servidores usaram sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial. As informações são de Camila Bonfim, do jornal G1.
O MPF pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR), instância máxima do Ministério Público, solicite o compartilhamento das provas. A decisão cabe ao relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.
O procurador do Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) Carlos Bruno Ferreira da Silva afirmou ao blog, no dia da operação da PF, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vinha resistindo a dar informações sobre o uso do sistema de monitoramento ilegal de pessoas – foco da operação deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20).
“A Abin negava informações sobre o sistema de monitoramento ilegal há meses. A gente tem pedido informações a Abin e ela tem se recusado a dar informações. A gente faz o pedido e, infelizmente, não vem nenhuma resposta”, disse o procurador.
O MPF em MG abriu apuração preliminar sobre o caso ainda em março deste ano. Segundo o procurador, no entanto, a agência não dava informações concretas sobre o uso do First Mile – sistema que permitia à Abin monitorar a localização de celulares sem consulta à Justiça.