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O ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes, o doleiro Dario Messer e outros alvos da Operação Patrón, deflagrada no final de novembro, foram denunciados pelo Ministério Público Federal.
A denúncia foi oferecida à 7a Vara Federal do Rio de Janeiro nesta última quinta-feira de acordo coma revista Veja. Nela, o MPF aponta a existência de três núcleos que atuaram para que o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o “doleiro dos doleiros”, continuasse de pé mesmo após a deflagração da Operação Câmbio, Desligo em 2018.
Na denúncia, o MPF diz que o ex-presidente paraguaio “promoveu, constituiu, financiou e integrou, pessoalmente, a organização criminosa transnacional liderada” por Messer, que tinha por finalidade “a prática de diversos crimes, tais como: câmbio ilegal, evasão de divisas, corrupção, contrabando, falsidade documental e sonegação fiscal, bem como a lavagem dos recursos financeiros auferidos desses crimes.
Cartes também é apontado pelos investigadores brasileiros como um dos responsáveis por possibilitar que Messer se mantivesse refugiado “ora no Paraguai, ora no Brasil”. A ele, o MPF imputa o crime de pertencimento a organização criminosa.
Ao longo de mais de 200 páginas, o MPF coleciona uma série de diálogos de Whatsapp, mensagens, cartas, cheques e comprovantes de contas bancárias.
A Operação Patrón é um desdobramento da Lava Jato que apura esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o doleiro Dario Messer, sua namorada, Myra de Oliveira Athayde, Cecy Mendes Gonçalves da Mota, Arleir Francisco Bellieny e Roland Pascal Gerbauld.
