A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) instaurou inquérito civil segundo o Poder 360, para apurar as causas do acidente que aconteceu nesta última terça-feira (1º) na linha 6 do Metrô.
De acordo com o MP-SP, a Defesa Civil deverá informar sobre a existência de risco nos imóveis residenciais e empresariais existentes no entorno.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) deverão prestar esclarecimentos sobre a rede de esgoto e ordenação do trânsito na região.
Em nota, a Sabesp informou que todas as medidas necessárias para a contenção do problema e a estabilização da pista da Marginal Tietê estão sendo tomadas.
Segundo a estatal, foi criado um comitê que investigará a causa do incidente. Esse comitê ainda fará estudos com soluções técnicas para a realização de obras de drenagem, recuperação para a retomada das obras do Metrô e consertos da tubulação e da Marginal Tietê.
A tubulação, que foi rompida, é responsável por encaminhar o esgoto coletado para tratamento na ETE Barueri. Técnicos da Companhia trabalham no momento para desviar o esgoto para outros interceptores.
Vazamento
De acordo com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, o rompimento na galeria de esgoto que passa no sentido transversal ao túnel da obra do Metrô abriu a cratera na Marginal Tietê.
Informações iniciais do Corpo de Bombeiros apontavam que o “tatuzão”, máquina utilizada para a escavação do túnel, havia rompido uma adutora, que alagou a galeria. No entanto, o secretário afirma que o equipamento passava 3 metros abaixo da galeria e não houve choque com a adutora.
Informou também que uma auditoria já foi aberta para identificar exatamente o que aconteceu no local e adotar as medidas cabíveis neste caso.
Entenda
O desmoronamento na obra da linha 6 do Metrô de São Paulo abriu uma cratera na Marginal Tietê na manhã de ontem e interditou a marginal.
A obra do metrô começou em 2015 e foi paralisada em 2016, depois de problemas com o contrato do consórcio Move São Paulo. Foi retomada em outubro de 2020, com a Acciona, e tem previsão de entrega em 2025.