quarta-feira 18 de dezembro de 2024
Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto Queiroz, prefeito eleito de Choró, no Ceará. Foto: @bebetoqueiroz_ vi Instagram
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terça-feira 17 de dezembro de 2024 às 07:05h

MP pede cassação de prefeito foragido que deu procuração ao filho para ser diplomado em seu lugar

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O Ministério Público Eleitoral do Ceará pediu a cassação do diploma e a inelegibilidade do prefeito eleito de Choró, Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto Queiroz (PSB), por abuso de poder econômico. A cidade de 12 mil habitantes fica a 170 quilômetros de Fortaleza.

O Estadão informa que ainda busca contato com o político. A defesa não foi localizada.

Bebeto é considerado foragido da Justiça. Para não correr o risco de ser preso na cerimônia de diplomação, que ocorreu no sábado, 14, o político deu uma procuração ao filho, Daniel Queiroz, que recebeu o documento no lugar dele.

O mandado de prisão em aberto contra Bebeto foi expedido na Operação Vis Occulta, da Polícia Federal (PF), que investiga a compra de votos nas eleições municipais.

Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto Queiroz, prefeito eleito de Choró, no Ceará.
Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto Queiroz, prefeito eleito de Choró, no Ceará. Foto: @bebetoqueiroz_ vi Instagram

O prefeito eleito chegou a ser preso temporariamente em novembro, em outra investigação, a Operação Ad Manus, do Ministério Público do Estado, que se debruça sobre contratos sem licitação fechados pela Prefeitura de Choró para a compra de combustíveis. Na ocasião, o atual prefeito, Marcondes Jucá (sem partido), também foi preso e afastado do cargo até o fim do mandato.

O último pronunciamento de Bebeto sobre as investigações foi no dia 3 de dezembro. Ele publicou uma nota nas redes sociais alegando ser inocente. Também disse que tem “compromisso com a transparência, e legalidade e o bem-estar da população”.

Bebeto foi eleito no primeiro turno, com 61,1% dos votos. O Ministério Público afirma que ele e a irmã, Cleidiane Queiroz Pereira, são responsáveis por um “grande esquema de captação ilícita de sufrágio, doações eleitorais irregulares, e ilícitos não eleitorais, com ramificações que ainda estão sob a investigação da Polícia Federal”.

O promotor eleitoral André Luis Tabosa de Oliveira também pediu a cassação do vice na chapa, Bruno Jucá (PRD), sob o argumento de que ele foi beneficiado pela compra dos votos.

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