A Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público Estadual pediu ao Tribunal de Justiça da Bahia o afastamento do cargo, a prisão preventiva do prefeito de Jaguarari, Everton Carvalho Rocha (PSDB) e a devolução de R$ 1.414.423,00 (um milhão, quatrocentos e catorze mil, quatrocentos e vinte e três reais).
O pedido tem como base informações oriundas em um Inquérito Civil, quando o gestor municipal decretou (de fevereiro a dezembro) estado de emergência por conta da estiagem que assolou o município e mesmo com todo o sofrimento enfrentado pela falta d’água, o alto índice de pessoas abaixo da linha da pobreza, a baixa renda per capita, somada as diversas carências que vivem os munícipes, o gestor promoveu grandes e supérfluas despesas com a realização de festas.
O MP aponta que, para satisfazer seu próprio desejo pessoal, o prefeito Everton Rocha teria contratado intermediários (atravessadores) para o fornecimento de estruturas e também de artistas, o que encareceu em torno de 20% a 30% o valor, deixando de investir o erário em ações para minimizar os problemas causados pela estiagem e melhorar as condições sócio-econômicas. Radialista de ofício, Everton pretendia realizar festejos para concorrer com cidades vizinhas e também teria utilizado recursos de royalties, em flagrante desacordo com as atividades de destino, que deveria ser aplicado, por exemplo, em obras de saneamento.