Com atuação do Gaeco, as ações resultaram em 58 prisões e R$ 11 milhões recuperados
O Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em atuação própria ou em colaboração com outras instituições, atuou em 24 operações em 2021 até novembro, sendo que 19 delas foram deflagradas pelo MP baiano a partir de investigações próprias. Foram 58 pessoas presas, entre prisões de flagrante, preventivas e temporárias, e mais de R$ 11 milhões recuperados por meio de bloqueio de bens e apreensão de objetos. Os valores foram depositados em conta judicial e devem retornar como benefício à sociedade, com destino a ser definido pela Justiça. Com as operações, foram combatidos 32 tipos de crimes cometidos contra a sociedade baiana pelos investigados, entre eles o de organização criminosa, peculato, tráfico de drogas, fraude em licitações, estelionato, estupro, cartel, associação para o tráfico e homicídio.
No total, foram cumpridos 147 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos 399 documentos, 139 celulares e 48 computadores, todos periciados para produção de provas que subsidiaram as denúncias criminais oferecidas à Justiça. Formado atualmente por nove promotores de Justiça, além de servidores e policiais, uma das principais frentes de atuação do Gaeco é investigar eventuais ações e relações de agentes públicos em organizações criminosas. Neste ano, o trabalho de investigação do Gaeco, em parceria com a polícia, resultou na ‘Operação Cartel Forte’, que desarticulou um esquema criminoso que já funcionava no estado há mais de três décadas dentro do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) na prestação de serviço de emplacamento de veículos por empresas particulares.
Como órgão de investigações sigilosas, o Gaeco trabalha com apurações complexas, para estabelecer conexões e redes de ações e atores e os crimes cometidos, exigindo cautela, segurança e precisão das informações, inclusive para evitar eventuais vazamentos que podem colocar meses de investigação em risco. “O perfil do grupo é de atuação discreta e de resultados, sempre buscando agilidade e efetividade na investigação e persecução dos crimes, de forma a embasar uma prestação jurisdicional segura e uma atuação ministerial voltada para o efetivo combate ao crime organizado no âmbito do Estado da Bahia”, anuncia a descrição na página eletrônica do Grupo.
Operações:
Cartel Forte I (12 de fevereiro)
Fortuna (26 de fevereiro)
Falso Negativo IV (3 de março)
Cartel Forte II (11 de março)
Black Monday (25 de março – colaboração)
Cilada (30 de março)
Velada (6 de abril – colaboração)
Casmurro I (9 de abril)
Cáfila (28 de abril)
Inventário (20 de maio)
Casmurro II (02 de junho)
Casmurro III (30 de junho)
Dublê (7 de julho)
Bandeirantes (21 de julho – colaboração)
Carranca (5 de agosto)
Fake Rent (12 de agosto)
Ethon (18 de agosto – colaboração)
Themis (24 de agosto)
Vikarma (25 de agosto)
Kauterion (14 de setembro)
Inventário II (16 de setembro)
Cristal (27 de outubro)
Carta de cooperação (4 de novembro – colaboração)
Basura (19 de novembro)