Movimentos sociais, piqueteiros e sindicalistas argentinos realizam uma manifestação em diferentes pontos do país, nesta quarta-feira (20), para exigir conforme o canal CNN, um salário universal para setores mais vulneráveis da população.
Os manifestantes reclamam do “silêncio” do governo de Alberto Fernández diante da disparada dos preços e agravamento da grave crise socioeconômica na Argentina.
A inflação de junho chegou a 5,3%, o aumento dos preços foi de 36,2% somente no primeiro semestre e de 64% nos últimos 12 meses, segundo dados oficiais.
Analistas já projetam uma inflação acumulada de pelo menos 90% em 2022.
Os protestos de hoje, que segundo os dirigentes cortarão estradas em 60 pontos ao redor do país, exigem um salário básico universal de $15.000 para mais de 7 milhões de pessoas sem renda fixa. O valor equivaleria à cesta básica invidual para não estar sob a linha de indigência.
Os manifestantes também pedem aumento geral de salario para funcionários públicos e empregados do setor privado, aumento da aposentadoria mínima e mais auxílio para quem recebe um plano social.
As ruas argentinas são cada vez mais ocupadas por manifestações contra o grave contexto de crise.
O protesto de hoje foi convocado por setores de esquerda com maior interlocução com o governo, como a Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) e o Movimento dos Trabalhadores Excluídos (MTE).
Os protestos anteriores que pediam maiores auxílios governamentais foram protagonizados principalmente por setores mais à esquerda do que o governo.
Nos últimos dias também houve manifestações de opositores de direita e de entidades agrárias, que reclamam da pressão tributária sobre o setor.