O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) atingiu conforme a coluna Painel da Folha de S. Paulo, o objetivo traçado em sua investida para captar recursos no mercado de capitais para o financiamento da produção.
Por meio da emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), instrumento utilizado nos últimos anos por grandes produtores e companhias do setor, o movimento conseguiu levantar R$ 17,5 milhões, que serão direcionados para sete cooperativas. Os valores já estarão nas contas delas nesta quinta-feira (16).
As cooperativas são formadas por cerca de 13 mil famílias e estão localizadas nos estados de Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, com produção de leite, milho, arroz, soja, açúcar mascavo e suco de uva.
Os títulos foram emitidos pela Gaia Impacto e comercializados pela Terra Investimentos, com o valor de R$ 100 cada e uma remuneração pré-fixada de 5,5% ao ano.
Cada investidor podia reservar até R$ 1 milhão em certificados. Os investidores fizeram a reserva dos papéis do dia 26 de julho até 9 de setembro, quando encerrou o prazo.
Essa foi a segunda incursão do MST no mercado de capitais. O primeiro contato com os investidores ocorreu em maio de 2020, quando o movimento levantou R$ 1 milhão para a Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan) no Rio Grande do Sul.