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quarta-feira 16 de dezembro de 2020 às 09:48h

Movimentação de dinheiro foi crucial para nova fase da Operação Faroeste, diz jornal

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


Além da delação do advogado Júlio César Cavalcanti, dados da movimentação de dinheiro rastreada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) foram considerados cruciais para a nova fase da Faroeste, deflagrada na segunda-feira (14).

Conforme a coluna Satélite do jornal Correio, investigadores destacados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para atuar no caso afirmam que os relatórios do Coaf forneceram indícios robustos sobre o fluxo financeiro atípico de alvos apontados pelo delator como operadores de propina para magistrados que integram a cúpula do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ). Em especial, filhos de desembargadores que atuam como advogados e sócios de grandes escritórios do ramo em Salvador.

A lista inclui os irmãos Arthur e Rui Barata, filhos da desembargadora Ligia Cunha Ramos, presa temporariamente por cinco dias; Marcelo Junqueira Ayres, genro do ex-senador Walter Pinheiro (PT); e Ivanilton Júnior, filho do desembargador Ivanilton Santos, afastado do cargo por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ainda segundo o jornal, os nomes que despertaram atenção dos investigadores da Faroeste, o advogado Diego Freitas Ribeiro ocupa lugar de destaque no radar do Ministério Público Federal e da PF. Juiz substituto do Tribunal Regional Eleitoral de 2017 a 2019, Ribeiro é suspeito de operar recursos ilícitos para duas desembargadoras acusadas de participar do esquema de venda de sentenças no TJ – Ligia Ramos e Sandra Inês Moraes Rusciolelli, presa em março deste ano. De 2013 a 2019, circularam nas contas de Ribeiro R$ 24 milhões, grande parte pela agência do Itaú Personnalité da Avenida Manoel Dias da Silva, na Pituba.

Monitoramento feito pela PF mostra que Diego Ribeiro foi ao apartamento de Sandra Inês no Le Parc em 27 de janeiro, cerca de dois meses após a primeira fase da Faroeste. Em sua delação, Júlio César Cavalcanti confirmou que, horas antes, havia se reunido no mesmo endereço com a desembargadora  e seu filho, Vasco Rusciolelli, para discutir repasses de propina do esquema. O delator revelou que foi orientado por Vasco, preso com mãe, a apresentar um nome falso na portaria do condomínio, para driblar o cerco montado pela operação.

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