O vice-presidente Hamilton Mourão avaliou nesta última sexta-feira (1º) que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio “faz o seu papel” ao negar pedido do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para que investigações sobre movimentações financeiras atípicas tivessem provas anuladas.
Para o general da reserva, o ministro tomou a decisão que ele julga mais coerente e correta. O magistrado arquivou o pedido sem julgá-lo, o que, na prática, deve permitir a continuidade das apurações na primeira instância da Justiça do Rio de Janeiro.
“A Justiça faz o seu papel, né? Segue o baile”, diz Mourão. “Não sou advogado, não sou jurista, né? Acho que foi o ministro Marco Aurélio que tomou a decisão e deve ter tomado aquilo que é o mais coerente e correto”, acrescentou.
A investigação partiu de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que apontou transações atípicas de Fabrício Queiroz, que trabalhou para Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando ele era deputado estadual.
O senador, que toma posse nesta sexta-feira (1º), argumentou que era alvo da investigação, ainda que o Ministério Público do Rio de Janeiro não o incluísse formalmente no rol de suspeitos. Flávio pediu ao STF que a apuração tramitasse perante a corte devido à sua prerrogativa de foro, em razão de ter sido eleito e diplomado senador.
A investigação estava suspensa desde o último dia 17 por decisão do ministro Luiz Fux, que estava à frente do plantão no Supremo. Fux suspendeu as apurações até que Marco Aurélio, que foi sorteado para ser o relator do caso, pudesse analisá-lo. Agora, a investigação foi liberada.