O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como “escandaloso” o episódio ocorrido em um supermercado das redes Carrefour, em Porto Alegre, em que um homem negro foi agredido até a morte. “O Dia da Consciência Negra amanheceu com a escandalosa notícia do assassinato bárbaro de um homem negro espancado em um supermercado. O episódio só demonstra que a luta contra o racismo e contra a barbárie está longe de acabar. Racismo é crime!”, escreveu no Twitter.
Mais cedo, sem se referir especificamente ao caso do Carrefour, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, disse durante um evento que o Brasil teve o período de escravidão mais longevo da história, sendo preciso “cotidianamente nos lembrarmos disso para promovermos a inclusão social, a inclusão no trabalho, como resgate histórico.”
Fux mencionou que a Constituição Federal “remete a uma sociedade justa, uma sociedade com uma erradicação de todas as formas de desigualdades e promete, acima de tudo, a igualdade dos seres humanos e o repúdio ao preconceito”. Cabe ao STF, continuou, ser o guardião da “defesa dos direitos humanos e da defesa e tutela das minorias vulneráveis”.
Em 2015, o atual presidente do Supremo recebeu da ONG Educafro o título de “negro honorário”, devido ao “seu constante engajamento na luta contra a discriminação racial”, nas palavras da organização.