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Abbas Araghchi - Foto: Divulgação
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domingo 29 de setembro de 2024 às 16:11h

Morte de Hassan Nasrallah: A ira do Irã

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O regime do Irã se pronunciou novamente neste domingo (29) sobre as recentes ações de Israel no Líbano, que resultaram na morte do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um comandante da Guarda Revolucionária, entre outros altos membros da organização terrorista.

De Nova York, o ministro de Relações Exteriores persa, Abbas Araghchi, alertou que “todas as possibilidades estão abertas” no conflito com Israel, incluindo a possibilidade de guerra, e afirmou que haverá respostas por parte da República Islâmica.

“Todos reconhecem o perigo de uma guerra na região. Esta situação é muito perigosa e todas as possibilidades estão abertas neste momento”, afirmou o chefe da diplomacia persa, de acordo com a agência de notícias iraniana Fars.

Ele destacou, ainda, que a morte de Nasrallah “não enfraquece a resistência” e que “o sangue do mártir Hassan Nasrallah aumenta a força do Hezbollah, seu impulso e o crescimento de suas tropas”.

Por outro lado, as ações israelenses na região, no Líbano e em Gaza, “deixaram essa entidade sem nenhum futuro na região”. “Jamais terão paz, resultado natural desse crime que acelera o declínio da entidade sionista”, advertiu.

Araghchi, por sua vez, acusou os Estados Unidos de terem colaborado no ataque que resultou na morte de Nasrallah: “É evidente que o sangue desses mártires não ficará sem vingança. Continuaremos apoiando firmemente o Líbano”.

O ministro iraniano de Relações Exteriores também mencionou seu encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres, a quem pediu que “seja a voz da comunidade internacional” e defenda a necessidade de “parar os crimes sionistas” diante da “demonstrada incapacidade do Conselho de Segurança da ONU para resolver os problemas”. “Os Estados Unidos até agora obstruíram todas as iniciativas no Conselho de Segurança”, afirmou.

A Guarda Revolucionária do Irã confirmou neste domingo a morte de seu comandante, Abbas Nilfroushan, nos ataques perpetrados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) na última sexta-feira sobre a capital do Líbano, Beirute, onde mais tarde foi anunciado que Nasrallah havia falecido.

Segundo um comunicado da Guarda Revolucionária, Nilfroushan era “um dos comandantes e orgulhosos veteranos da santa defesa e assessor da Guarda Revolucionária no Líbano”, que se juntou a “seus camaradas mártires no ataque terrorista do brutal regime sionista” da última sexta-feira, conforme informou a agência ISNA.

As autoridades iranianas destacaram o trabalho do comandante Nilfroushan como assistente de operações das Forças Terrestres das Forças Armadas do Irã, assistente de operações do Quartel-General do Exército, bem como seu papel na área de instrução.

“Ele vestiu o uniforme verde e teve sucesso em todas essas responsabilidades”, afirmaram membros da Guarda Revolucionária, que condenaram totalmente os ataques de Israel e expressaram suas condolências pela morte de Nilfroushan e dos demais falecidos no ataque.

Mais tarde, Araghchi disse que “este horrível crime do regime sionista agressor nunca ficará sem resposta”, e ressaltou que a diplomacia do Irã fará uso de “todas as suas capacidades” para garantir a responsabilização.

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