O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) também criticou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, por suas falas sobre a possibilidade de prisão de Jair Bolsonaro. O ex-juiz da Lava Jato disse à Folha:
“Não vejo causa para uma prisão preventiva do ex-presidente Bolsonaro. Lula só foi preso após ter sido julgado. Também foi inapropriada a declaração do diretor da PF sobre o tema, já que a questão cabe aos delegados da investigação e não à direção da PF.”
Moro citou ainda o caso do ex-diretor da PF Fernando Segovia, demitido em 2018 após uma série de polêmicas.
“Agora, é a mesma coisa só que de sinal trocado. A direção da PF precisa manter a institucionalidade.”
Em entrevista ao UOL, o diretor-geral da PF afirmou que, se os “requisitos legais” forem atendidos, na “responsabilidade e na qualidade da prova”, há a possibilidade de Bolsonaro ser preso.
Se nessa conjunção de elementos se chegar a essa conclusão [pela prisão], se os requisitos legais são atendidos, esse é um caminho possível, e aqui falo hipoteticamente”, disse.