O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (União Brasil) disse nesta quinta-feira (26) lamentar a ação de agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) envolvidos na ação que resultou na morte por asfixiamento de um homem negro de 38 anos dentro do porta-malas de uma viatura em Sergipe.
Por suas redes sociais, o ex-juiz defendeu o trabalho da corporação e afirmou também que o caso, objeto de investigação da PF (Polícia Federal), foi isolado. “Que não se tome exceção como regra. Conheci de perto a PRF quando ministro. São profissionais valorosos e a violência policial é rara. Que tudo seja apurado e os culpados, punidos. Meus sentimentos à família do senhor Genivaldo”, escreveu Moro.
A vítima, Genivaldo de Jesus Santos, morreu ontem depois de ser preso numa viatura da PFR tomada por gás. Os agentes da PRF, no boletim, ainda afirmam que Santos faleceu “possivelmente devido a um mal súbito”.
“Por todas as circunstâncias, diante dos delitos de desobediência e resistência, após ter sido empregado legitimamente o uso diferenciado da força, tem-se por ocorrida uma fatalidade, desvinculada da ação policial legítima”, disse a PRF.
Laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que o homem sofreu insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica.
Em nota, a PRF disse lamentar o ocorrido. Leia a íntegra:
“Na data de hoje, 25 de maio de 2022, durante ação policial na BR-101, em Umbaúba-SE, um homem de 38 anos resistiu ativamente a uma abordagem de uma equipe PRF. Em razão da sua agressividade, foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção e o indivíduo foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil em Umbaúba. Durante o deslocamento, o abordado veio a passar mal e socorrido de imediato ao Hospital José Nailson Moura, onde posteriormente foi atendido e constatado o óbito. A equipe registrou a ocorrência na Polícia Judiciária, que irá apurar o caso. A Polícia Rodoviária Federal em Sergipe lamenta o ocorrido e informa que foi aberto procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos”.