Mensagens atribuídas a procuradores do Ministério Público Federal mostram críticas à decisão do ex-juiz federal Sérgio Moro em aceitar o cargo de ministro no governo Jair Bolsonaro, em novembro do ano passado, segundo reportagem veiculada pelo site The Intercept Brasil.
A suposta troca de mensagens teria ocorrido entre 25 de outubro – três dias antes do segundo turno das últimas eleições – e 1º de novembro do ano passado, data em que Moro aceitou convite para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo as mensagens, além das críticas ao ex-juiz e seu envolvimento com Bolsonaro, os procuradores também temiam que a ida de Moro para Brasília poderia manchar a imparcialidade das ações da Lava Jato.
Pelo Twitter, Moro voltou a criticar as reportagens do The Intercept Brasil, classificando a mais recente como “suposta fofoca de procuradores”. “A matéria do site, se fosse verdadeira, não passaria de supostas fofocas de procuradores, a maioria de fora da Lava Jato”, afirmou.
O ministro também criticou duas correções feitas pelo The Intercept Brasil: a primeira se refere a um erro de data, onde o texto listava que um chat teria ocorrido em 1º de novembro de 2019 ao invés de 2018 e outro sobre o local de trabalho da procuradora Monique Checker, que atua no Ministério Público Federal de Petrópolis, e não em Barueri e Osasco.
“Isso só reforça que as msgs (mensagens) não são autênticas e que são passíveis de adulteração. O que se tem é um balão vazio, cheio de nada. Até quando a honra e a privacidade de agentes da lei vão ser violadas com o propósito de anular condenações e impedir investigações contra corrupção?”, escreveu Moro.
Movimentos como o Vem pra Rua e o MBL convocaram para este domingo manifestações de rua em apoio ao ministro e à Lava Jato.