Pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Sergio Moro afirmou nesta última segunda-feira (21) que não é “muito simpático” à taxação de grandes fortunas. Em entrevista à rádio Difusora de Mossoró (RN), o ex-juiz disse que pretende reduzir o custo da máquina pública por meio de “reformas que cortem privilégios e desperdícios”.
O imposto sobre grandes fortunas é previsto na constituição brasileira, mas nunca foi regulamentado e instituído no Brasil. Há pelo menos 13 projetos de lei no Congresso sobre esse tema.
“Não sou muito simpático a esse imposto sobre grandes fortunas. O que acontece normalmente no país que adota isso é o milionário mudar de um país para o outro, porque ele tem os mecanismos para fugir dessa tributação”, disse.
Proposta de outros candidatos
A taxação de grandes fortunas é uma das propostas do pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes. O ex-governador do Ceará afirmou, durante evento para oficializar seu nome na corrida presidencial, que é “uma pouca vergonha” os pobres e a classe média pagarem mais impostos que os ricos.
Já Jair Bolsonaro (PL) é contra o imposto. Em agosto do ano passado, o presidente citou a França como exemplo para dizer que a medida iria provocar fuga de capital.
“Alguém conhece algum empresário socialista? Algum empreendedor comunista? Alguns querem que eu taxe grandes fortunas no Brasil. É um crime agora ser rico no Brasil? A França há poucas décadas fez isso, e o capital foi para a Rússia”, disse.