Algoz do PT durante as investigações da Lava-Jato, o ex-juiz Sergio Moro classificou segundo a colunista Bela Megale, do O Globo, como “agressão“ o pedido da legenda para realizar uma busca e apreensão em sua residência, cumprida neste sábado após autorização da Justiça Eleitoral do Paraná.
— É uma agressão do PT fazer uma busca na minha casa, intimidar minha filha, inclusive com um advogado do PT querendo entrar na minha casa para apreender santinhos por uma suposta irregularidade do tamanho da letra — disse o ex-ministro
A justificativa do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para realizar a medida foi de que os materiais impressos da campanha de Moro ao Senado do Paraná violariam a legislação eleitoral por não atender o tamanho ideal da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes.
A Justiça Eleitoral no Paraná atendeu a um pedido da federação “Brasil da Esperança”, da qual o PT faz parte, e cumpriu mandados de busca e apreensão de materiais de campanha irregulares nos endereços de Moro. A sua casa era apontada como o localização de seu comitê eleitoral. A única pessoa que estava na casa do ex-juiz, em Curitiba, era sua filha. O material apreendido foram quatro santinhos, segundo a defesa do ex-juiz que acompanhou as buscas.
Sergio Moro descreveu a busca e apreensão realizada neste sábado em sua residência como uma “cortina de fumaça” devido ao desempenho de Lula no debate realizado no domingo passado.
— Tudo é resultante do fraco desempenho do Lula que não conseguiu responder sobre corrupção. Por isso, eles querem descredibilizar que combateu a corrupção — afirmou Moro à coluna.
Moro gravou um vídeo para suas redes sociais no qual fez mais críticas ao PT.
— Se achavam que com isso iam conseguir me intimidar, pelo contrário. Não vão conseguir me calar — disse na peça.